A pipa cavalga o vento,
impaciente, impossível,
transcendendo a solidão
da cidade clara.
Artefacta.
Papel de seda e
armação de taquara,
e mais, um pouco de grude,
em nada ela é cara.
A pipa,
Turbilhonando,
empinada ao vento
como bandeira tremulando
sobre a favela,
vai costurada
alma de menino.
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