A alteridade que em vão nos pugna
Faz-me ao espelho buscar a tua imagem
Para irmos juntos co´as as almas flamas
Refletidas sempre e sempre desde aparte.
Se a prosódia é escolha e por estilo
Em transitivo o Verbo Ser eu fui tornar
Posto que para te amar mais
Do que querer-te é preciso Ser-te!
Se pouso meus olhos em teus olhos
Tristes e umedeço
E se ao grito surdo do mundo eu silencio
Se em teu verso solto me reconheço
Arauto de um viver confuso que anuncio
O amor que eu tive e que me esqueço
É ardor mais profundo que fastio.
Ferve em ti a epiderme, seja equinócio ou veranico
Como um sanhaço tece a enlaçada trama, fio a fio.
Quisera-te a alumbrada seiva dos desejos
A claridade do sorriso na bela fronte
Quisera os sons perdidos no solfejo
E na manhã do céu bruxuleante
O derradeiro sortilégio de uma estrela.
No claro/escuro em que me encontro
E ao fulgor de uma vela acesa
Velar-te em cálido e longo beijo de cinema
Num filme amante em que por fraco, anoiteço.
Levitem-se as taças, senhores! Ante a definitiva maça
E a analogia ébria com grandes calangos, tais horrores
Quadra livre que restar, dê-la a intensos ósculos, ardores.
A existência inteira a teve, a evitar-se os desmazelos.
Ao confluir dos rios, a afluência ascendente dos desejos.
Assim, compartir no coevo, a súmula diversa de tais beijos.
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